quarta-feira, 10 de novembro de 2010

leiam isto .muito interresante

Dor no parto: Parte Final Objetivo da dor no parto

27 de outubro de 2010 por Deborah

Categoria(s): Despertar da Vida, Destaques, Sentido da Vida

No trabalho de parto, os músculos uterinos sofrem contrações a cada dois a dez minutos. Isso pode ser doloroso, mas é uma dor com um propósito: o resultado natural de um trabalho árduo para alcançar um objetivo. É no auge da contração da musculatura uterina – quando se está trabalhando o máximo e fazendo o maior progresso, o pico dura cerca de 30 segundos – que a dor é mais percebida. Ela pode ser avassaladora, mas há um alívio entre as contrações, um tempo para relaxar, embora nem sempre em total conforto. Mas pelo menos é uma pausa. Nós preparamos mentalmente as mães para a próxima contração. O segredo é saber recebê-la e ter consciência que vai passar. Eu, às vezes, sugiro às mulheres em trabalho de parto dizer as palavras “sim” e “eu te amo, meu filho”, quando a dor começa e persiste.

Assim como as contrações se aproximam e duram mais tempo, o mesmo acontece com os hormônios que aliviam a dor, que cada vez mais são liberados dos nossos cérebros para nossas correntes sanguíneas. Chamamos isso de endorfinas, que são nossos analgésicos naturais. As endorfinas não são suficientemente liberadas para neutralizar a dor resultante da ocitocina sintética, que é usada para induzir e acelerar o trabalho de parto e não desperta o sentimento de amor e ligação originados da ocitocina natural, o chamado hormônio do amor.

A intensidade do sentimento ao dar à luz e as exigências que fazemos a nós mesmas nos desgastam e, então, perdemos nossas defesas. Isso é uma coisa boa. Nesse estado menos vigiado, somos flexíveis e mais suaves, menos resistentes ao bebê que se move através de nós.

A dor tem uma reputação muito ruim. Mas existem algumas pessoas que realmente a enxergam de forma positiva. Natalia, uma mãe de primeira viagem, deu à luz a filha, em casa, há algumas semanas. Perguntei o que ela achava sobre a dor no parto. Ela disse: “A dor – por mais difícil que seja – foi um presente, uma benção, porque foi uma mensagem honesta comigo mesma sobre meu próprio corpo. A dor permitiu focar minha atenção onde ela realmente precisava estar”.
Muitas das minhas amigas deixam o hospital emocionalmente decepcionadas em relação a seus trabalhos de parto, tristes porque os médicos não estavam lá até os últimos minutos, ansiosas com a troca frequente de enfermeiras , incomodadas pelos ruídos e pelo stress, frustradas porque a presença do marido não foi reconhecida . Mas os nascimentos foram medicados e “seguros”. Talvez as mulheres estariam mais inclinadas a escolher ter um parto com uma parteira, caso percebessem que nós, parteiras, lembramos da aflição emocional por um longo tempo, ao contrário da dor física, cuja intensidade do esquecimento é imediata, tão logo a dor passa. Podemos descrever a dor, ou melhor, sua sensação, como algo forte, contrações intensas, mas não podemos replicá-la, porque isso fica no passado. Nosso cérebro tem a capacidade de apagar a memória da dor física quando ela passa, enquanto que o sofrimento emocional permanece presente. Desde que a dor emocional e a alegria permanecem conosco para sempre, é crucial para a mulher dar à luz em um ambiente de apoio emocional!

Nós parteiras promovemos as seguintes ideias e maneiras para aliviar o desconforto ou a dor durante o parto:

* Preste atenção às emoções positivas, como esperança e alegria. Você estimula as consequências dessas emoções.
* A espontaneidade e o humor trazem a sua atenção para o presente, o que alivia a tensão.
* A dor não tem que ir embora, ele só tem que se tornar menos importante.
* Desenvolva uma estratégia para trabalhar com as contrações. Por exemplo, olhe para os olhos do seu parceiro ou parteira e respirem juntos, ou conte até um determinado número até que você tenha superado a parte mais difícil.
*Redefina a dor, pensando sempre no objetivo principal, que é trazer o seu bebê com segurança ao mundo.
* Fique bem hidratada.
* Tenha a companhia de outra mulher para encorajá-la, caso você comece a duvidar de si mesma.

* Faça sons, cante, repita um mantra.
* Siga sua respiração, faça respirações longas e profundas.
* Lembre-se que o que você está passando é benéfico e parte de uma experiência saudável.
* Ore. O nascimento é o momento perfeito para aprofundar a nossa conexão com o Divino.
* Imagine-se olhando para o seu bebê mamando no seu peito.
* Anote declarações que você gostaria de ouvir durante o trabalho de parto e entregue para o seu companheiro ler para você: “Você é tão forte!”, “Esse sentimento não vai prejudicá-la”, “Você é maior do que qualquer sensação que esteja sentindo”, “ Você pode fazer isso”, “Você está fazendo isso!”, “Você está fazendo um trabalho lindo”.

As mulheres passaram a acreditar que elas não podem dar à luz sem intervenção médica, muitas vezes pelo medo da dor. Espero que agora você saiba como se relacionar com a dor no parto, se ela ocorrer. Acredite no propósito da dor e, assim, torne-se mestre da sua relação com ela. Depois, você pode integrar o que está acontecendo fisicamente com seu eu interior. O parto natural é a melhor forma que conheço para as mulheres descobrirem quão magníficas elas são e criarem para si as memórias de uma bela experiência de parto, que um dia serão contadas a seus filhos.

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