segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

cólicas

a cólica do recém nascido e a cólica intestinal/gases Quando analiso o meu google analítco, percebo que uma parte do tráfego vem de pesquisas no google sobre cólica. Estas mães chegam nos meus posts antigos sobre o assunto. Então, para atender estas mães desesperadas, resolvi postar um pitaco que Mari Perri fez lá no Potencial Gestante - vale à pena ir lá ler o mencionado post e todos os comentários para ver que não acontece "só comigo" (aliás leiam o blog todo - muito bom). Pedi autorização à autora do pitaco e voilá: eis a explicação mais clara sobre o que chamo a hora do terror. "Agora vou virar uma daquelas pessoas que dá pitaco para mãe de primeira viagem e te dar dicas para cólicas do recem nascido (e cuidado para não confundir cólicas do recem nascido com cólica intestinal e gases… cada coisa é uma coisa e cada uma tem uma solução diferente!). Antes de mais nada, entender o que é cada uma, né? A famosa cólica do Recém Nascido não tem nada a ver com dor de barriga… ninguém sabe muito bem explicar o que é, mas tudo indica que é uma imaturidade do sistema nervoso (daí passar, milagrosamente, por volta do 3o mês…). O que rola, segundo os estudos mais modernos, é que o excesso de informação (e, para alguém que até agora só conhecia o escurinho e o quentinho da barriga TUDO e QUALQUER COISA é excesso de informação!) faria o sistema nervoso entrar em intensa atividade e meio que entrar em curto circuito. O resultado final da coisa é que o bebê tem fortes espasmos musculares, especialmente na região abdominal (justamente o que causa a confusão toda), e NADA parece aliviar. Não adianta entupir o bebê de Luftal e outros remédios, não funciona! A cólica do Recém nascido tem um traço muito peculiar, acontece todo dia (pelo menos 4 vezes por semana), por volta do mesmo horário. Dura algumas horas (normalmente coisa de 2 a 3 horas) SEM PARAR e como que por milagre, PASSA! Aí o bebê vai dormir todo lindinho e maravilhoso e a paz volta a reinar, até o dia seguinte. Não tem remédio, não tem milagre… mas tem como melhorar a coisa um pouquinho. Como o problema é excesso de informação, o grande lance é diminuir a quantidade de informações apresentadas… Rotina é uma boa forma de fazer essas cólicas virem com mais suavidade (o que não quer dizer que não virão!). Tentar manter o mesmo ritmo das coisas e na mesma ordem, não necessariamente o mesmo horário. Mas quanto mais o bebê puder “prever” o que vem depois, menos ele tem que processar o efeito surpresa e ansiedade… ele já sabe que depois do banho morninho virá um delicioso carinho ou massagem, depois uma roupinha gostosa e um peito maravilhoso… não precisa ficar tentando saber o que vem depois. E, na hora que a cólica aparecer, o ideal é ir para um lugar escuro, tirar a camisa e a roupinha do baby (se tiver frio, tire a roupinha dele e coloque ele por dentro da tua camisa, o importante é o contato de pele entre mãe/bebê – ah… pode ser pai/bebê também, desde que seja com MUITA tranquilidade e que não seja só quando você já está na irritação). Vá para um quarto escuro, quanto mais escuro melhor (conheço quem já se trancou no closet!rs). Sente-se (ou mesmo fique de pé), mas não se movimente muito, apenas faça um suave movimento de balanço para frente e para trás, ou dê leves passadas pelo quarto. Não fale, apenas faça o som de shhhh bem pertinho do ouvido dele e bem baixinho…. O peito pode até ajudar, mas, ele vai acabar associando a calma com o peito e aí o papai acaba ficando totalmente fora da cena, e aí nem quando você estiver MORTA ele conseguirá te substituir… Se o problema forem só gases (cólica intestinal), essas cólicas virão nos horários mais variados, inclusive no meio da noite. E o choro passará cada vez que ele soltar um pum. O choro vem em ondas, e, geralmente o bebê se contrairá para a frente (na cólica do recem nascido o mais comum é o bebê arquear a coluna!). E, mais importante, a barriguinha ficará endurecidinha e estufadinha. Luftal ajuda nesse caso, MAS, meu pediatra era contra e eu também fui, acho que o bebê precisa aprender a soltar o pum, senão vai ficar sempre meio que “dependente” do remédio. Sugar no peito, quando a cólica é por gases, ajuda MUITO, o movimento de sucção e deglutição estimula o movimento peristáltico e o pum acaba saindo! Mas, cuidado, não fique dando de hora em hora porque o primeiro leite pode aumentar os gases… se for dar o peito com frequência, na primeira mamada espaçada dê o peito desde o início, mas nos intervalos menores de 3 horas, ordenhe um pouquinho do leite antes de oferecer o peito ( o primeiro leite não precisa ser oferecido em intervalos de menos de 3 horas!)… Massagens também ajudam MUITO. Recomendo o livro “O Toque nos Bebês” que ensina muitas técnicas bem legais. É isso… aprendi na marra… Alice nunca teve cólica de recem nascido, mas, em compensação era a rainha dos gases, e era péssima de cama (boa notícia para o pai no futuro, péssima para mim naquele momento!). E, a pausa de filho é FUNDAMENTAL… são aqueles 30 minutos que você deixa na mão de alguém de confiança, pede para tirar de perto de você (porque vamos combinar que não adianta ficar com o bebê, mas perto, porque o som do bebê não deixa nenhuma mãe relaxar, né?), aí aproveita para tomar aquele banho tira craca total, com direito a shampoo e condicionador como gente! Vai ao banheiro com calma (porque, na boa, a coisa que mãe de recem nascido mais faz é ficar segurando até aqueles 20 minutos quando ela finalmente consegue botar o bebê no berço e até ele acordar de novo!), e ninguém fala nisso, porque, afinal, ir ao banheiro, ao que tudo indica, é supérfluo! Aproveita para deitar na frente da TV ou sentar na frente do computador, ou pegar um BOM livro que não fale de arrotos e mamadas e ninadas! Em 30 a 40 minutos você se sentirá renovada e pronta para curtir até o chorinho do seu filhote… Ser mãe não é só flores, mas esquecem de nos contar os detalhes mais sofridos, né?" A minha Alice tinha cólica do nascido e atender a estas orientação acabou com isso, então os episódios de hora do terror normalmente eram nos dias de muitas visitas, saídas longas ou mesaniversário. Raros, raros... Evitávamos a todos custo e quando acontecia sabíamos o que fazer, que ia passar e que a bebê não ia morrer... Arthur não teve nenhuma das duas, mas até hoje, se passa da hora de dormir ele dá uns ataques. Sobre o que Luíza escreveu lá no post, sobre a tristeza, o desespero misturado com um amor infinito: ninguém te conta isso, mas pelos comentários percebam como é normal, usual e até comum, as mães sentirem-se desta maneira. Para mim foi um serviço de utilidade pública ler algo assim... Na minha primeira viagem eu me sentia tão potente e tão impotente, tão amada e tão cansada, tão responsável pela vida de outra pessoa, que vivia dizendo que tinha perdido o direito ao suicídio: agora não posso mais me matar, esta pessoinha depende de mim e isso é tão-tão pesado!!! Mães de primeira viagem: incluam os pais nas tarefas e nos cuidados com o bebê e aceitem ajuda, ajuda esclarecida e sintonizada com seus objetivos (se você quiser amamentar peça com antecedência que ninguém insista em dar LA, por exemplo - mas isso é assunto para outro post). Uma sugestão prática: insira no enxoval dois meses de ajuda doméstica profissional - pagamos por tantos itens caros e superfluos, porque não incluir dois salários mínimos para pagar alguém para lavar, passar, cozinha, faxinar no seu lugar - o primeiro mês é muito difícil, cuidar do bebê já é punk, preocupando-se com a casa então e ninguém aguenta!!! Mamães experientes: outras dicas??? Mães de primeira, gestantes e tentantes: espero que gostem!!! Ah, leiam os livros recomendadas por ela e por mim... Ajuda muito...

0 comentários:

Postar um comentário