quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Você não prejudica a psique de seu filho ao deixá-lo chorar

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ChoroVocê não prejudica a psique de seu filho ao deixá-lo chorar. O fato é que os bebês precisam chorar. É fisicamente saudável para eles.
Quando se trata de uma criança bem nova,  o melhor é  reagir imediatamente ao choro. Quando o bebê chegar aos 3 meses, porém, será preciso se conter um pouco.
Ao lidar com choro de seu filho, você precisa encontrar o equilíbrio. Por um lado, ele ainda não tem limites, podendo assim, amarrá-la em volta de seu dedinho se você deixar. Mas, por outro lado, ele depende completamente de você e tem dificuldades para fazer que você saiba do que ele precisa.
Se toda vez que ele chora, você corre para confortá-lo, pode ser que esteja exagerando. Se você estiver sempre pairando sobre seu filho, reagindo a tudo o que ele fizer, estará ensinando a ele que a melhor maneira de obter atenção é ficando agitado.
Às vezes, quando o bebê é colocado para dormir, ele chora, e isso é bom. Deixe-o chorar. Bebês saudáveis, na maioria, param de chorar logo nos primeiros dias, se você não o mimar.
Se o bebê for um pouco maior – digamos de 5 ou 6 meses – e estiver chorando, verifique a fralda, considere quando ele fez a última refeição, pense se ele pode estar cansado, sinta a temperatura e certifique-se de que a roupa dele não esteja machucando. Existem roupas muito incomodas. Se tudo parecer bem, presuma que seu bebê simplesmente precisa chorar – e deixe que ele o faça. Alguns bebês têm necessidade de chorar antes de pegar no sono.
Você não é um fracasso como mãe só porque seu bebê chora muito. Não leve isso para o lado pessoal. Todo bebê chora pelo menos uma hora por dia, e alguns podem chorar até quatro horas por dia. Acima de qualquer coisa, não chacoalhe seu bebê para que ele pare de chorar e, nunca mas nunca mesmo, bata numa criança pequena. Isso não vai mostrar ao bebê que você está “falando sério”; vai apenas agitá-lo ainda mais – além de haver um sério risco de dano cerebral. Se você perceber que está perdendo o controle por causa de um choro constante que a deixa louca, chame imediatamente alguém da família, uma amiga ou uma vizinha e seja honesta: “Preciso muito de ajuda, pois tenho medo de machucar meu filho”.  Não há nem sequer uma mãe no mundo que não fique frustrada de vez em quando; ou seja, você não é uma mãe ruim. Mas, já que você é adulta, é importante ser proativa, buscando alívio da exaustão causada pelos ataques de choro, em vez de ser reativa, descontando sua frustração no bebê, que está simplesmente fazendo “o que é natural”.
TÉCNICAS PARA LIDAR COM O CHORO
Lembre-se de que cada criança reage de maneira diferente, mas aqui estão algumas técnicas comprovadas para lidar com o choro. Se uma não funcionar, tente a próxima!
• Segure o bebê e balance-o gentilmente de um lado para o outro.
• Cante ou toque uma música suave.
• Dê um banho morno.
• Leve o bebê para passear de carrinho.
• Coloque o bebê deitado junto de uma bolsa de água  numa temperatura agradável ao toque.
• Faça uma massagem relaxante usando óleo para bebês.
• Ofereça uma chupeta. Os modelos de hoje não causam problemas aos dentes.
• Tente um balanço para bebês, particularmente um que tenha som de tique-taque.
Se você começar a ficar muito exausta, faça um exercício, respire lenta e profundamente 10 vezes. Isso irá te acalmar. E lembre-se, tudo vai passar, é só uma fase difícil.
Depois de mais ou menos 8 semanas, ele finalmente começará a dormir a noite inteira. Desde que seja alimentado e que tenha arrotado antes de ir para a cama, ele conseguirá ir até a manhã seguinte, dando a você a primeira noite de descanso depois de muito tempo. A noite do bebê pode durar apenas seis ou sete horas, mas serão mais do que as duas ou três de um recém-nascido. Desde que seja alimentado e que tenha arrotado antes de ir para a cama, ele conseguirá ir até a manhã seguinte, dando a você a primeira noite de descanso depois de muito tempo.
Aprenda a curtir seu bebê em todas as situações, porque ele vai crescer rapidinho!
Até a próxima…
Bjos!!!
Assinatura monica

Banho do Recém-nascido, como faze-lo?

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Banho do Recém-nascido, como faze-lo? 10/04/2013Projeto t-Amar O banho do bebê recém-nascido Uma das maiores dificuldades que os pais enfrentam nos primeiros dias de vida do bebê é o banho. São milhares de dúvidas: que produtos usar, como preparar a água, como cuidar do umbigo que ainda não caiu, como evitar que entre água e sabão nos olhos do bebê, e outras mais. Essa insegurança dos pais é comum. Além de ser uma experiência totalmente nova para eles, entra o medo de lidar com um bebê numa situação dessas que exige certas habilidades. A verdade é que, com o tempo, o bebê e os pais vão juntos criando confiança até que a hora do banho vira um dos momentos mais gostosos do dia. E foi para ajudar você a enfrentar essas dificuldades dos primeiros banhos que preparamos um guia com tudo que você precisa saber para proporcionar um banho saudável e gostoso para o seu filhote. Primeiro banho O primeiro banho do bebê acontece já na maternidade e pode fazer parte da rotina do bebê desde o primeiro dia que chega à casa. Antigamente os bebês esperavam alguns dias para ter a experiência do primeiro banho, pois os pediatras recomendam a higiene a seco até a queda do coto umbilical. Porém, em muitas maternidades atualmente o recém-nascido entra na bannheirinha logo depois do parto.“Agora o primeiro banho dado na maternidade já é com muita água morna e sabonete neutro, justamente para remover as secreções do parto, que podem ocasionar contaminação”. Este procedimento é feito geralmente na primeira hora de vida nos recém-nascidos que nascem em boas condições. O choro no banho O choro do bebê na hora do banho pode se repetir nos primeiros dias, mas logo ele percebe que é bom e passa a ficar tranquilo. O banho do recém-nascido não seria tão problemático para os pais se o bebê não chorasse tanto. Afinal, qual o motivo do choro dos bebês nos primeiros banhos? “O bebê, em qualquer situação que o tire da rotina, é estimulado, como por exemplo, quando começa a ser despido. A única coisa que ele sabe fazer é chorar, portanto, quando ele muda de ambiente, logo é estimulado e se manifesta. Mas na maioria dos casos o choro logo para quando ele é colocado na água quentinha e retoma seu conforto”, garante a enfermeira Ana Paula. Isso significa que, com o tempo, quando o banho diário deixa de ser uma sensação desconhecida e vira uma rotina, o bebê para de chorar. Basta ter paciência e fazer a experiência do banho virar um momento de prazer o mais rápido possível. Experimente acariciar e conversar com o bebê durante o banho. Ao ouvir sua voz suave, ele vai se acalmando e aos poucos se sentindo mais confortável. O banho é mais um momento de troca entre a mãe e o filho e a conversa com o bebê pode tornar tudo ainda mais agradável.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

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mitos da gestação

Mitos da gravidez

Basta a mulher engravidar para ouvir uma série de opiniões sobre esse período. Uma boa parte das opiniões são mitos que deixam as futuras mamães cheias de dúvidas, mas que não têm explicações científicas. Veja abaixo se os mitos mais comuns das gestações são verdadeiros ou falsos.

1) Formato da barriga indica o sexo do bebê.

Mito. Segundo a Dra. Rosa Maria Neme, doutora em ginecologia e obstetra do Einstein, não é verdade que barriga pontuda indica a chegada de um menino e a barriga mais arredondada uma menina. “O formato do corpo da mãe determina como será a barriga, se mais arredonda ou pontuda.” Simples assim.

2) Enjoar demais é sinal de rejeição ao filho.

Mito. O que determina o enjoo são a intensidade e a sensibilidade materna à progesterona, o hormônio da gravidez. “Mulheres mais sensíveis ao hormônio vão enjoar mais e durante um período maior do que o esperado, que são as primeiras semanas de gestação”, explica a médica. Ou seja, se você está mais mareada do que uma pessoa conhecida é porque seu corpo tolera menos o hormônio. Não tem nada a ver com o amor que você sente pelo bebê.

3) Dizem que enjoar demais no final da gestação significa que o bebê é cabeludo.

Puro mito. Aqui também vale a mesma explicação dada no item acima: o nível de tolerância da gestante ao hormônio da gravidez é que influencia na intensidade do enjoo. Além do limiar de tolerância, outro fator contribui para o enjoo no final da gestação. Com o crescimento do útero, o estômago fica comprimido e deslocado, fora do normal, o que acaba comprometendo a digestão, propiciando o enjoo e a azia. Ou seja, um bebê cabeludo pode nascer de uma mãe que não ficou nem um pouco mareada. Enquanto outra mãe pode dar à luz um bebê carequinha depois de passar a gestação inteira enjoadíssima.

4) É verdade que grávida precisa ter a vontade de comer algo respeitada caso contrário o bebê pode ter manchas na pele?

Não é verdade. É um mito sem explicação científica. A origem talvez esteja no conceito de que a grávida estaria liberada para comer qualquer coisa, na quantidade que deseja, e sem restrição do cardápio sob o risco de prejudicar o desenvolvimento da criança. Então, se uma criança nascer com uma mancha vermelha na pele em suposto formato de morango, com certeza, não é porque a mãe foi privada de comer a fruta durante a gestação.

5) Ter muitos pesadelos indica rejeição ao bebê.

Também é outro mito. A obstetra explica que, conforme a data do parto se aproxima, a ansiedade materna aumenta, deixando-a mais sensível inclusive durante o sono. “As gestantes sonham mais e com mais intensidade por causa da ansiedade pelo nascimento e todas as mudanças que irão ocorrer a partir de então. Não significa que ela não gosta do filho.”

6) Passar muito estresse na gestação deixa o bebê nervoso.

Outro mito. “O estresse pode estar ligado à maior ocorrência de contrações durante a gravidez”, diz Dra. Rosa. Isso pode acontecer porque ao passarmos por algo estressante o corpo libera uma descarga de adrenalina, que afeta todos os órgãos. “Dependendo do grau de estresse, a quantidade de adrenalina no corpo pode ser alta e provocar contrações que eventualmente podem levar ao trabalho de parto antecipado”, explica. Isso não significa que esse bebê será nervoso por causa da adrenalina.

7) Bebês nascidos de oito meses correm mais risco do que os sete meses.

Mito. Aliás, isso é impossível de acontecer. Quanto mais tempo um bebê fica na barriga, mais maturidade ele terá e, portanto, menos problemas ao nascer.

8) Mães com seios maiores terão mais leite.

Mito. A Dra. Rosa explica que o que determina a quantidade de leite não é o tamanho do seio, mas a quantidade de ductos mamários funcionantes neste período e a pega correta.

9) Mulheres de quadril largo são excelente parideiras.

Meia verdade. Segundo Dra Rosa, se a mulher tiver o osso da bacia largo, sim, as chances de ela ter um parto vaginal são maiores. “Mas é difícil diferenciar, a olho nu, a grávida de quadril largo daquela com bumbum grande”, diz a médica.

10) Sexo durante a gravidez faz mal e pode antecipar o parto.

Mito. A Dra Rosa Neme explica que a origem desse mito pode estar no fato de uma substância presente no sêmen poder, às vezes, causar uma discreta cólica, que acaba sendo confundida com contração do trabalho de parto. O sexo durante a gestação não faz mal. Nem desencadeia o trabalho de parto prematuro.

11) Grávida só pode dormir do lado esquerdo.

Meia verdade. “As gestantes podem dormir do jeito que se sentirem melhores. Indicamos dormir mais do lado esquerdo para evitar a compressão da veia cava, que fica logo atrás do útero, no lado direito da mulher. A compressão pode provocar falta de ar e queda de pressão”, esclarece a médica. Essa recomendação é dada principalmente no final da gravidez, quando a barriga está grande e pesada. Antes desse período, qualquer posição para dormir é aceitável.

12) Tomar canjica e cerveja preta aumenta a produção do leite.

Mito. A produção do leite está relacionada com a quantidade de ductos mamários, a uma pega eficiente e à estimulação feita pelo bebê. A ingestão de líquidos é importante para repor a perda durante a amamentação. Então, melhor que a gestante beba água pura, sempre. Canjica é muito calórica e cerveja tem álcool que pode chegar ao leite.

13) Gengiva de grávida sangra mais.

Verdade. Isso ocorre pelo aumento da vascularização durante a gestação, provocada pelos hormônios da gravidez, especialmente a progesterona.

Quanto mais a barriga cresce, maior a dificuldade para dormir

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Quanto mais a barriga cresce, maior a dificuldade para dormir e para ter uma boa noite de descanso. Quando o nono mês se aproxima, até falta de ar aparece. “As alterações hormonais, metabólicas e posturais da gravidez provocam desconfortos.
Para conseguir obter uma qualidade maior do sono pesquisamos algumas boas dicas:
O Famoso banho morno – Quem não sabe que água quentinha ajuda a relaxar? Sim, o banho morno antes de ir dormir é muito eficiente para qualquer pessoa, mas na gravidez ele deve ser rápido.
Modere no sal e nos líquidos (beba água, mas cuidado com a noite!) – Fazer as refeições com pouca quantidade de sal, por exemplo, é um cuidado que reduz o inchaço e melhora o conforto na hora de dormir.
Descanse mais durante o dia – A qualidade do sono é um reflexo do que acontece durante o dia.
Não coma exageradamente – Você já sabe que precisa comer de forma fracionada ao longo do dia, mas, para dormir confortavelmente, é importante também não abusar de alguns alimentos no jantar.
Melhores posições – Procure as melhores posições, aquelas que você se sente mais tranquila e que não cause falta de ar. Muitas mamães relatam que dormir virada para o lado esquerdo ajuda muito. E utilize muitos travesseiros. O que você acha?
PERGUNTE ao seu médico sobre a Suplementação de Ômega-3
Estudos demonstram que utilizar o suplemento com a orientação de um médico melhora significativamente o sono da grávida, passando a ser muito mais tranquilo e de seu bebê também, ele dormirá melhor após o nascimento”.
Aproveite as dicas Timolico e evite o desconforto na hora de dormir!
desconforto-dormir-gravidez

com a barriga para cima sem problema?”

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Posso dormir de bruços ou com a barriga para cima sem problema

Chegou aos ouvidos do Timô a seguinte pergunta: “Será que, estando gravida, posso dormir de bruços ou com a barriga para cima sem problema?”
Para ajudar ele fez uma super pesquisa e essa foi a orientação de uma obstetra com muita, mas muita experiência no assunto.
1“Na primeira metade da gravidez não há problema em dormir de barriga para cima, mas conforme o bebê vai crescendo e a gestação avançando o mais aconselhável é dormir virada para o lado esquerdo para facilitar a oxigenação que ocorre através do cordão.
No último trimestre, por causa da azia, da congestão nasal ou da falta de ar comuns nesta fase, pode ser que você prefira dormir numa posição mais sentada, cheia de travesseiros em volta. Faça como se sentir melhor, pois nada substitui uma boa noite de sono.
Dica: Bem simples, porém importante: Se você acordar e perceber que está de barriga para cima, simplesmente vire de lado e volte a dormir. (torcemos para que isso aconteça!)”
Dica da Dra Eleonora Fonseca
Filha e neta de obstetras, a dra. Eleonora é formada em ginecologia e obstetrícia pela USP e faz parte do Conselho Médico do site.

como lidar com esse barrigão?

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Como lidar com esse lindo barrigão? Dicas para dormir na Gravidez!

E a dúvida sobre como dormir permanece! Como dormir durante a gravidez?
Durante a primeira metade da gravidez, não há problema em dormir de barriga para cima. Mas, conforme o bebê vai crescendo e a gestação avança, o mais aconselhável é dormir virada para o lado esquerdo.
Os médicos já observaram que, durante o trabalho de parto, a posição deitada de lado, sobre o lado esquerdo, é a que proporciona melhores condições de oxigenação para o bebê, pois o sangue flui melhor pelo cordão umbilical. Por isso vale a pena reproduzir essa posição na cama.
Quando a barriga está grande e a grávida dorme de barriga para cima, há o risco de ela se sentir mal, porque o peso do útero comprime a veia cava, causando falta de ar e mal-estar. Normalmente basta mudar de posição que fica tudo bem. Com estas simples dias, dormir durante a gravidez vai ficar bem mais confortável.
dormir-gravidez

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Alistamiento del pabellón y Bello Parto Normal

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cólicas

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a cólica do recém nascido e a cólica intestinal/gases Quando analiso o meu google analítco, percebo que uma parte do tráfego vem de pesquisas no google sobre cólica. Estas mães chegam nos meus posts antigos sobre o assunto. Então, para atender estas mães desesperadas, resolvi postar um pitaco que Mari Perri fez lá no Potencial Gestante - vale à pena ir lá ler o mencionado post e todos os comentários para ver que não acontece "só comigo" (aliás leiam o blog todo - muito bom). Pedi autorização à autora do pitaco e voilá: eis a explicação mais clara sobre o que chamo a hora do terror. "Agora vou virar uma daquelas pessoas que dá pitaco para mãe de primeira viagem e te dar dicas para cólicas do recem nascido (e cuidado para não confundir cólicas do recem nascido com cólica intestinal e gases… cada coisa é uma coisa e cada uma tem uma solução diferente!). Antes de mais nada, entender o que é cada uma, né? A famosa cólica do Recém Nascido não tem nada a ver com dor de barriga… ninguém sabe muito bem explicar o que é, mas tudo indica que é uma imaturidade do sistema nervoso (daí passar, milagrosamente, por volta do 3o mês…). O que rola, segundo os estudos mais modernos, é que o excesso de informação (e, para alguém que até agora só conhecia o escurinho e o quentinho da barriga TUDO e QUALQUER COISA é excesso de informação!) faria o sistema nervoso entrar em intensa atividade e meio que entrar em curto circuito. O resultado final da coisa é que o bebê tem fortes espasmos musculares, especialmente na região abdominal (justamente o que causa a confusão toda), e NADA parece aliviar. Não adianta entupir o bebê de Luftal e outros remédios, não funciona! A cólica do Recém nascido tem um traço muito peculiar, acontece todo dia (pelo menos 4 vezes por semana), por volta do mesmo horário. Dura algumas horas (normalmente coisa de 2 a 3 horas) SEM PARAR e como que por milagre, PASSA! Aí o bebê vai dormir todo lindinho e maravilhoso e a paz volta a reinar, até o dia seguinte. Não tem remédio, não tem milagre… mas tem como melhorar a coisa um pouquinho. Como o problema é excesso de informação, o grande lance é diminuir a quantidade de informações apresentadas… Rotina é uma boa forma de fazer essas cólicas virem com mais suavidade (o que não quer dizer que não virão!). Tentar manter o mesmo ritmo das coisas e na mesma ordem, não necessariamente o mesmo horário. Mas quanto mais o bebê puder “prever” o que vem depois, menos ele tem que processar o efeito surpresa e ansiedade… ele já sabe que depois do banho morninho virá um delicioso carinho ou massagem, depois uma roupinha gostosa e um peito maravilhoso… não precisa ficar tentando saber o que vem depois. E, na hora que a cólica aparecer, o ideal é ir para um lugar escuro, tirar a camisa e a roupinha do baby (se tiver frio, tire a roupinha dele e coloque ele por dentro da tua camisa, o importante é o contato de pele entre mãe/bebê – ah… pode ser pai/bebê também, desde que seja com MUITA tranquilidade e que não seja só quando você já está na irritação). Vá para um quarto escuro, quanto mais escuro melhor (conheço quem já se trancou no closet!rs). Sente-se (ou mesmo fique de pé), mas não se movimente muito, apenas faça um suave movimento de balanço para frente e para trás, ou dê leves passadas pelo quarto. Não fale, apenas faça o som de shhhh bem pertinho do ouvido dele e bem baixinho…. O peito pode até ajudar, mas, ele vai acabar associando a calma com o peito e aí o papai acaba ficando totalmente fora da cena, e aí nem quando você estiver MORTA ele conseguirá te substituir… Se o problema forem só gases (cólica intestinal), essas cólicas virão nos horários mais variados, inclusive no meio da noite. E o choro passará cada vez que ele soltar um pum. O choro vem em ondas, e, geralmente o bebê se contrairá para a frente (na cólica do recem nascido o mais comum é o bebê arquear a coluna!). E, mais importante, a barriguinha ficará endurecidinha e estufadinha. Luftal ajuda nesse caso, MAS, meu pediatra era contra e eu também fui, acho que o bebê precisa aprender a soltar o pum, senão vai ficar sempre meio que “dependente” do remédio. Sugar no peito, quando a cólica é por gases, ajuda MUITO, o movimento de sucção e deglutição estimula o movimento peristáltico e o pum acaba saindo! Mas, cuidado, não fique dando de hora em hora porque o primeiro leite pode aumentar os gases… se for dar o peito com frequência, na primeira mamada espaçada dê o peito desde o início, mas nos intervalos menores de 3 horas, ordenhe um pouquinho do leite antes de oferecer o peito ( o primeiro leite não precisa ser oferecido em intervalos de menos de 3 horas!)… Massagens também ajudam MUITO. Recomendo o livro “O Toque nos Bebês” que ensina muitas técnicas bem legais. É isso… aprendi na marra… Alice nunca teve cólica de recem nascido, mas, em compensação era a rainha dos gases, e era péssima de cama (boa notícia para o pai no futuro, péssima para mim naquele momento!). E, a pausa de filho é FUNDAMENTAL… são aqueles 30 minutos que você deixa na mão de alguém de confiança, pede para tirar de perto de você (porque vamos combinar que não adianta ficar com o bebê, mas perto, porque o som do bebê não deixa nenhuma mãe relaxar, né?), aí aproveita para tomar aquele banho tira craca total, com direito a shampoo e condicionador como gente! Vai ao banheiro com calma (porque, na boa, a coisa que mãe de recem nascido mais faz é ficar segurando até aqueles 20 minutos quando ela finalmente consegue botar o bebê no berço e até ele acordar de novo!), e ninguém fala nisso, porque, afinal, ir ao banheiro, ao que tudo indica, é supérfluo! Aproveita para deitar na frente da TV ou sentar na frente do computador, ou pegar um BOM livro que não fale de arrotos e mamadas e ninadas! Em 30 a 40 minutos você se sentirá renovada e pronta para curtir até o chorinho do seu filhote… Ser mãe não é só flores, mas esquecem de nos contar os detalhes mais sofridos, né?" A minha Alice tinha cólica do nascido e atender a estas orientação acabou com isso, então os episódios de hora do terror normalmente eram nos dias de muitas visitas, saídas longas ou mesaniversário. Raros, raros... Evitávamos a todos custo e quando acontecia sabíamos o que fazer, que ia passar e que a bebê não ia morrer... Arthur não teve nenhuma das duas, mas até hoje, se passa da hora de dormir ele dá uns ataques. Sobre o que Luíza escreveu lá no post, sobre a tristeza, o desespero misturado com um amor infinito: ninguém te conta isso, mas pelos comentários percebam como é normal, usual e até comum, as mães sentirem-se desta maneira. Para mim foi um serviço de utilidade pública ler algo assim... Na minha primeira viagem eu me sentia tão potente e tão impotente, tão amada e tão cansada, tão responsável pela vida de outra pessoa, que vivia dizendo que tinha perdido o direito ao suicídio: agora não posso mais me matar, esta pessoinha depende de mim e isso é tão-tão pesado!!! Mães de primeira viagem: incluam os pais nas tarefas e nos cuidados com o bebê e aceitem ajuda, ajuda esclarecida e sintonizada com seus objetivos (se você quiser amamentar peça com antecedência que ninguém insista em dar LA, por exemplo - mas isso é assunto para outro post). Uma sugestão prática: insira no enxoval dois meses de ajuda doméstica profissional - pagamos por tantos itens caros e superfluos, porque não incluir dois salários mínimos para pagar alguém para lavar, passar, cozinha, faxinar no seu lugar - o primeiro mês é muito difícil, cuidar do bebê já é punk, preocupando-se com a casa então e ninguém aguenta!!! Mamães experientes: outras dicas??? Mães de primeira, gestantes e tentantes: espero que gostem!!! Ah, leiam os livros recomendadas por ela e por mim... Ajuda muito...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

OBESIDADE INFANTIL

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OBESIDADE INFANTIL

Sandra Villares é médica, coordenadora do Ambulatório de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
Ver os netos gordinhos era a alegria das avós do passado. Criança rechonchuda era sinônimo de criança saudável. De certa forma, havia lógica nesse conceito. Numa época em que não existiam antibióticos, crianças mais nutridas resistiam melhor aos processos infecciosos na infância.
Hoje, a obesidade infantil transformou-se num problema sério de saúde, numa epidemia que se alastra e já atinge parte expressiva da população nessa faixa de idade. As causas são muitas, mas pesam os hábitos alimentares baseados no fast food, salgadinhos e guloseimas e as horas passadas em frente da televisão ou jogando videogame.
A preocupação não é com a estética. Muitas crianças com excesso de peso apresentam alterações nos níveis de colesterol, são descriminadas pelos companheiros e alvo de brincadeiras de mau gosto.
O controle da obesidade infantil começa em casa, com refeições balanceadas, estímulo à atividade física e mudança dos hábitos alimentares de toda a família.
IMC INFANTIL
Drauzio – O que diferencia a criança gordinha da criança obesa?
Sandra Villares – Em geral, a mãe tem sensibilidade para notar que a criança está um pouco mais forte do que os coleguinhas de mesma idade. A mãe ou os familiares perceberem esse fato é o primeiro passo para estabelecer a distinção. Os médicos fazem cálculos um pouco mais complicados. Dividem o peso pela altura ao quadrado, obtêm o índice de massa corpórea (IMC) e utilizam gráficos que podem ser encontrados no site www.abeso.org.br. Resultado acima de 85 percentil caracteriza sobrepeso; acima de 95, obesidade. Abaixo de 85 percentil, indica que a criança não tem sobrepeso.
Essa curva não é igual a dos adultos porque as crianças crescem e os números variam conforme a idade.
CAUSAS DA OBESIDADE
Drauzio  Por que alguns bebês que mamam no peito da mãe são gordinhos e outros são magrinhos? Existe tendência à obesidade que se manifesta desde o nascimento? 
Sandra Villares – Existem muitas causas para a obesidade infantil, mas não podemos deixar de mencionar as características genéticas. Milhões e milhões de anos atrás, sobreviveram nossos ancestrais que tinham genes capazes de estocar calorias e transformá-las em energia. Os que não tinham, morreram cedo e provavelmente não deixaram descendentes.
Isso quer dizer que a grande maioria dos sobreviventes tem genes que favorecem o aparecimento da obesidade. Se o ambiente for favorável, ela irá manifestar-se.
Qual é o ambiente saudável para o bebê? É a mãe. Engordar muito durante a gestação, favorece o desenvolvimento de tecido adiposo, de gordura, no primeiro ano de vida da criança.
Drauzio – Esse é um dado importante, porque muitas mulheres engordam demais durante a gravidez.
Sandra Villares – Na literatura, há trabalhos mostrando que para o desenvolvimento do tecido adiposo no primeiro ano de vida é importante não só o peso com que a mãe inicia a gravidez, mas o peso que ganha durante a gestação.
Drauzio – Que curioso é esse mecanismo. A mãe acumula gordura no próprio corpo e passa para a criança a tendência a juntar tecido adiposo.
Sandra Villares – A mãe deve passar algum neuro-hormônio, que não sabemos qual é, mas que faz com que o hipotálamo mande uma mensagem para a criança armazenar mais energia e ela estoca gordura.
Drauzio  Então além das características genéticas, de alguma forma, a obesidade materna durante a gestação influencia a obesidade infantil.
Sandra Villares – O contrário também é verdadeiro. A falta de alimentação adequada durante a gestação para um bebê intraútero é fator para a obesidade no adulto. Prova disso são os indivíduos atualmente obesos que nasceram na Holanda, no período de falta de alimentação que marcou o pós Segunda Guerra Mundial.
Drauzio – É fácil de entender que a criança nasça subnutrida, porque não consegue os nutrientes necessários, quando a mãe passa fome durante a gravidez. Mas fica mais difícil de entender por que desenvolve obesidade depois como mecanismo compensatório.
Sandra Villares – Esse é um dado epidemiológico para o qual não se encontra explicação na literatura. Acredita-se que algum fator intraútero, ainda não determinado, estimule alimentação mais farta durante a vida e aumente a facilidade de estocar energia.
Drauzio – Resumindo: são fatores para a tendência à obesidade infantil a genética, o excesso de peso que a mãe ganhou durante a gestação e a desnutrição materna durante a gravidez. Há outro?
Sandra Villares – Mãe diabética é também é fator de risco para a obesidade infantil e para o desenvolvimento de diabetes na fase adulta. A hipoglicemia da mãe estimula o pâncreas da criança a liberar mais insulina e a tornar-se mais sujeita a desenvolver diabetes.
Drauzio – Filhos de mães diabéticas, geralmente, nascem com peso exagerado? 
Sandra Villares – Nascem. O aumento da circulação de insulina na criança provoca aumento da adipogênese, ou seja, maior formação de células adiposas.
Drauzio – Acima de que peso nasce a criança que faz suspeitar ser a mãe diabética?
Sandra Villares – Acima de quatro quilos. Sempre que levanta o histórico de uma criança obesa, o médico deve perguntar como foi a gestação da mãe e com quantos quilos e centímetros o bebê nasceu.
A criança nasce com mais ou menos 17% de gordura no corpo. No final do primeiro ano de vida, esse índice sobe para 35% e o peso da criança triplica. A gordura que estocou nesse período vai ajudá-la a viver no ano seguinte, quando começa a andar e a brincar e garante a energia necessária para os anos subsequentes.
Drauzio – E elas precisam de muita energia…
Sandra Villares – As crianças não param quietas e consomem muita energia, mas por volta dos sete anos começam a fazer novamente tecido adiposo. Esse é um fato muito importante e a mãe precisa ficar atenta ao peso da criança nessa idade. Se o peso for normal, uma em dez crianças corre o risco de ficar obesa na fase adulta. Se for gordinha, esse risco sobe para quatro em cada dez crianças.
Drauzio – Bebês gordinhos também correm mais esse risco?
Sandra Villares – A princípio, não, mas depende muito do tipo físico dos pais. Se os pais forem magros, criança fortinha, porém não muito obesa nos três primeiros anos de vida, não corre risco maior de obesidade na fase adulta. Ao contrário, se os pais forem obesos, o risco aumenta. No entanto, com o passar dos anos, essa relação vai perdendo força e desaparece na adolescência, quando tem importância o excesso de peso do próprio adolescente como determinante da obesidade na fase adulta.
EPIDEMIA DA OBESIDADE
Drauzio  Estamos vivendo uma verdadeira epidemia da obesidade. Na população brasileira, 40% dos adultos estão com excesso de peso, o que significa 50 milhões de pessoas aproximadamente.
Sandra Villares – E as crianças estão indo pelo mesmo caminho. Dados revelam que 17% dos adolescentes estão com sobrepeso atualmente. Já nos referimos às razões genéticas para o armazenamento de gordura. No entanto, a diminuição da atividade física e o aumento de ingestão de comida e de alimentos não saudáveis têm contribuído muito para a instalação do quadro de obesidade.
SENSAÇÃO DE FOME E SACIEDADE
Drauzio – Deixando de lado as alterações que levam ao aumento de peso e que não dependem da criança – a mãe engordou muito ou não se alimentou adequadamente durante a gestação, ou era diabética – no mundo moderno, o que leva as crianças a ganharem peso excessivamente?
Sandra Villares – Os motivos são muitos. Vou citar alguns dados que acho interessantes.
A criança tem a sensação de fome e saciedade. Ela sabe quando deve começar a comer, porque está com fome, e quando parar, porque está saciada. Entretanto, por excesso de amor, por achar que dando comida está dando carinho, a mãe resolve que a criança não pode deixar nada no prato. Ela não entende que, às vezes, a pequena quantidade que o filho comeu é suficiente para saciá-lo.
O que queremos dizer com saciedade? Quando o indivíduo começa a alimentar-se, sente extremo prazer no sabor da comida, mas esse prazer vai diminuindo à medida que se sente satisfeito. Às vezes, isso acontece com quatro colheres de arroz; às vezes, com duas. Varia tanto no adulto quanto na criança, mas a mãe quer que coma as quatro colheres, não a deixa sair da mesa enquanto não limpar o prato e não registra sua indicação de que está satisfeita. Duas horas mais tarde, aparece com um copo de leite ou alguma coisa para comer mesmo que a criança não esteja com fome.
Isso está errado. A criança deve comer quando está com vontade. Não é necessário impor horários rígidos. Ela possui o relógio biológico da fome e da saciedade que acaba se perdendo, porque não é levado em consideração, e a criança não sabe mais quando começar a comer nem quando suspender a refeição. Aí, a televisão mostra comidas maravilhosas, cheias de gordura e de açúcar, substâncias que aumentam muito o sabor dos alimentos, e a criança passa as tardes mastigando bolachinhas, biscoitinhos, hambúrgueres, balas e chocolates.
Há ainda fatores emocionais que não podem ser desprezados. Nasce um bebê na família; a criança, que ficava com a avó, vai para a escola ou muda de colégio. Ansiosa, começa a alimentar-se mais porque, como os adultos, não distingue fome de ansiedade. Essa modificação dos hábitos alimentares faz com que o tecido adiposo, que deveria ser formado por volta dos sete anos, se desenvolva mais cedo. Isso se chama de rebound precoce da adiposidade.
Drauzio – Poderíamos dizer que é um rebote da adiposidade?
Sandra Villares – Com quatro ou cinco anos, a criança começa a criar tecido adiposo precocemente. Portanto, quando chegar aos sete, já estará mais gordinha.
A adolescência é outra fase perigosa que requer atenção. Quando o corpo da menina vai se modificando e as mamas começam a crescer, ela pode produzir mais tecido adiposo. Já o rapaz faz mais massa magra. É um fenômeno biológico: as mocinhas fazem mais gordura, que as deixa com o corpo mais arrendondado, mais bonito, e os garotos fazem mais músculos.
VIDA SEDENTÁRIA
Drauzio – Você falou da dieta e da vida sedentária que muitas crianças levam hoje. Como essas coisas influenciam a obesidade infantil?
Sandra Villares – Trabalhos que constam da literatura e uma avaliação feita no Hospital das Clínicas mostram que mais de quatro horas de TV por dia estão associadas à obesidade das crianças. Chegamos a esse dado no ambulatório do HC, avaliando 240 crianças por seis meses, mensalmente, e depois a cada seis meses ou com frequência maior conforme a necessidade.
Nesse programa de acompanhamento, verificamos que certas crianças passam dez horas por dia assistindo à televisão, mais algumas horas dormindo e outras sentadas na escola. Isso nos permite concluir que o aumento da obesidade nos dias atuais não se deve aos genes, pois não houve tempo para eles se modificarem nos últimos quarenta anos. Na verdade, nossa propensão genética para a obesidade encontrou ambiente favorável nos erros alimentares associados ao sedentarismo da vida moderna.
Drauzio – Hoje está claro quais são os alimentos que fazem ganhar peso e quais são os menos calóricos. As crianças têm preferência pelos sabores mais básicos conferidos pelo açúcar e pela gordura. O ideal seria que comessem saladas e outros vegetais, mas não é fácil convencê-las. Como fazer para incluir esses alimentos que detestam na sua dieta?
Sandra Villares – É muito difícil. Eu particularmente não gosto do termo dieta, porque introduzir a restrição alimentar é dar o primeiro passo para a obesidade. A criança, o jovem e também o adulto devem fazer refeições saudáveis, balanceadas e comer quando têm fome. O primordial é orientar a criança, obesa ou não, a respeito do que é uma boa refeição. Na nossa terra, é arroz, feijão, bife, saladinha de alface e de tomate.
Raríssimas crianças com três ou quatro anos comem verdura, mesmo que os pais o façam com regularidade. Como já foi dito, a palatabilidade dos alimentos é dada essencialmente pelo açúcar e pela gordura. As papilas gustativas distribuídas na nossa língua e em todo o trato digestivo (temos papilas gustativas até nos intestinos) não são muito exacerbadas pela verdura, mas a mãe deve insistir, sem forçar, que a criança pelo menos experimente um pouquinho todos os dias. É um longo aprendizado. Nós aprendemos a gostar de doce, quando colocaram açúcar em nossa mamadeira.
TRATAMENTO
Drauzio – Em que consiste o tratamento para a obesidade infantil?
Sandra Villares – É preciso pensar antes nas comorbidades, ou seja, nas complicações que a obesidade traz. Portanto, o médico deve verificar quanto o excesso de peso está atrapalhando a saúde da criança. No programa que desenvolvemos no HC, 40% das crianças obesas têm hipercolesterolemia, isto é, níveis de colesterol elevados, e 30% têm HDL baixo (o bom colesterol que protege o coração) e triglicérides alto. É preciso pensar que, quando se fala em 40%, estamos nos referindo a praticamente metade das crianças obesas com problemas de saúde associados à obesidade.
Estudo realizado com crianças americanas obesas que faleceram de morte acidental demonstrou que, feita a autópsia, foram encontradas placas, ou seja, depósitos de gordura na aorta e nas coronárias. Esse é um dado alarmante, porque sugere que crianças com hipercolesterolemia poderão não chegar aos quarenta ou cinquenta anos sem problemas cardiovasculares. Provavelmente, sofrerão infartos bem mais jovens.
Outro achado importante ocorreu tanto nos Estados Unidos como no Brasil. No passado, a maior parte das crianças desenvolvia diabetes do tipo I e só 3%, diabetes do tipo II. Hoje, 50% desenvolvem a doença imunológica por falta de insulina (o tipo I) e 50%, diabetes tipo II ligado à resistência à insulina (o tipo mais encontrado nos adultos).
Drauzio – Não faz muito tempo que se descobriu que o tecido gorduroso é uma glândula ativa e não um tecido inerte.
Sandra Villares - O tecido adiposo produz muitos hormônios. Antigamente se achava que a gordura era órgão de estoque e não servia para mais nada. Hoje se sabe que é a maior glândula que temos. Produz o TNF (Fator de Necrose Tumoral), a leptina, as interleucinas, peptídeos que vão contra a ação da insulina. Quando o indivíduo começa a engordar, a produção de insulina aumenta para controlar níveis mais elevados de açúcar. Insulina alta acarreta efeitos deletérios, como a vasoconstrição e a hipertensão. Todos esses distúrbios acometem as crianças obesas e precisam ser controlados.
MUDANÇA DE HÁBITOS
Drauzio – Quais são os resultados do tratamento para crianças obesas?
Sandra Villares – Os resultados são interessantes. O tratamento da criança obesa começa pela modificação dos hábitos alimentares da família. Ninguém faz regime sozinho numa casa, muito menos uma criança. Não adianta a mãe dizer que bolacha recheada que está no armário é para o irmão, que é muito magrinho. O tratamento inclui a família inteira. É pai, mãe, irmãos, todos comendo o mesmo tipo de alimentação saudável.
Segundo ponto: o tratamento baseia-se num conceito de boa alimentação. Não se fazem restrições alimentares e a criança nunca deve comer menos de 1800 calorias diárias, embora esteja demonstrado que muitas comem por dia 60% a mais do que necessitam. Do cardápio do almoço e do jantar, devem constar um pouco de arroz e de feijão, um bom bife e salada. No meio da tarde, café com leite desnatado.
Terceiro ponto: é importante incentivar ao máximo a prática de atividade física aeróbica – nadar, correr, andar de bicicleta, andar – pelo menos três vezes por semana, no mínimo por uma hora. De preferência, a criança obesa não deve participar de atividades esportivas em grupo. Num jogo de futebol, como não consegue correr com a ligeireza do magrinho, vai ser colocada no gol onde se mexerá pouco.
É obvio que sem a dieta, o exercício físico não ajuda a emagrecer, mas a atividade física aeróbica, frequente e feita com regularidade, é muito importante nos casos de obesidade.
Drauzio – Nas famílias, quais são os erros alimentares que conduzem as crianças ao excesso de peso?
Sandra Villares – Os parâmetros mais frequentes que se observam no Hospital das Clínicas e que levam as crianças a perderam a sensação de saciedade são dois.
Primeiro: a criança faz uma refeição por dia, isto é, come o dia inteiro. Em geral, as mães trabalham fora, a criança chega da escola, senta em frente da televisão e come por comer, sem fome. Não existem refeições organizadas em períodos estabelecidos. O outro é a hiperfagia, ou seja, a criança ingere quantidades enormes de alimentos em cada refeição.
Drauzio – Que alimentos a mãe deve esquecer que existem quando faz as compras no supermercado porque só engordam? E quais deve comprar?
Sandra Villares – Uma família de quatro pessoas deve utilizar uma lata, uma lata e meia de óleo por mês. Isso significa restrição de frituras. Já gastou uma lata e meia, não pode fritar mais nada naquele mês.
A refeição das crianças deve conter carboidratos (arroz e feijão), proteínas (carne, frango ou peixe de preferência assados ou cozidos para evitar o uso de óleo), verduras (tomate, alface, pepino), frutas.
Outro alimento imprescindível é o leite. Muitas crianças, porém, trocam o leite por refrigerantes e sucos e não tomam sequer um copo por dia. Criança pequena tem que ingerir por volta de um grama, 1,2 grama de cálcio diárias, o que corresponde a quatro porções de leite ou derivados (queijo, iogurtes).
Não há necessidade de ser leite integral. Para desengordurar o leite, basta batê-lo no liquidificador e tirar a espuma ou fervê-lo e tirar a nata que se formou. Há estudos que mostram a associação de maior ingestão de leite e menor peso em certas populações.

Drauzio  Muitas refeições das crianças são ricas em gordura saturada. Você poderia explicar que tipo de gordura é esse?
Sandra Villares - São as gorduras derivadas de animais, contidas na carne, linguiça, salsicha, por exemplo. As salsichas, que as crianças amam, especialmente as vendidas na porta das escolas com batatinha frita, purê, maionese, etc., podem ser gostosas, mas não têm grande valor nutritivo.
Drauzio – Como evitar que as crianças prefiram essas comidas “junkie”, como as batatinhas, bolachas recheadas e salgadinhos?
Sandra Villares – Essas comidas fazem parte da nossa civilização. Não adianta proibir. A criança pode comer, mas de vez em quando. É impossível alguém falar que nunca mais na vida vai comer batata frita. O problema é comer todos os dias. O hot dog ou o hambúrguer comido no dogueiro da porta da escola ou na lanchonete da esquina são ricos em valor calórico e, às vezes, pobres em valor nutritivo.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

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Carolina Schwartz

Editora-adjunta do BabyCenter Brasil

Dependendo do método que se usa para descobrir o sexo do bebê, pode até ser a partir de dois meses de gravidez, embora o mais comum seja saber com, mais ou menos, quatro meses. 

Em resumo, falando em termos de semanas (calcule aqui de quantas semanas você está, se não souber): 

• A partir de 8 semanas, com um caro exame de sangue de sexagem fetal 
• A partir de 10 semanas, com um também caro exame de urina de farmácia 
• A partir de 10 semanas, com exames genéticos e invasivos, que trazem certo risco ao bebê e só são recomendados se houver outros motivos 
• A partir de 13 semanas, pelo ultrassom, dependendo da perícia do ultrassonografista, da qualidade do aparelho e da posição do bebê, e mesmo assim com chance de erro de no mínimo 10% 
• A partir de 16 semanas, pelo ultrassom, com mais certeza, mas ainda dependendo da posição do bebê e da experiência do profissional (erros humanos acontecem) 

Às vezes é preciso um pouco de paciência para matar a curiosidade e finalmente contar para meio mundo se vem menino ou menina por aí e poder escolher o nome. Leia abaixo mais detalhes sobre cada tipo de exame e sobre o que não passa de lenda


Ultrassom

É a forma mais difundida de conhecer o sexo do bebê, além de ser a mais barata. A desvantagem é que, dependendo da posição em que o feto está na hora do exame, fica difícil visualizar justo aquela parte essencial… A experiência do médico, assim como a qualidade da máquina de ultrassonografia, também podem facilitar ou dificultar uma informação mais precisa. 

Geralmente só a partir do segundo trimestre, mais ou menos do quarto mês de gravidez em diante, é que é possível perceber através de ultrassons as sutis diferenças dos órgãos sexuais masculino e feminino nesta fase do desenvolvimento fetal

Nas ecografias de rotina da gestação, quando é realizada a translucência nucal, por volta da 13a semana, o obstetra muitas vezes consegue dar um palpite sobre o sexo. Mas lembre-se de que, a esta altura da gestação, trata-se mais de um chute e não há 100% de certeza, portanto não vale a pena começar a comprar um monte de roupinhas de cor específica. 

Com cerca de 20 semanas, os médicos costumam pedir uma ultrassonografia mais detalhada, conhecida como ultrassom morfológico, e aí já é bem mais garantido descobrir de fato o sexo do seu filho, pois os órgãos genitais já estão formados (só que, de novo, dependendo da posição do bebê, que tem que "colaborar" e estar com as perninhas abertas!). 

Outra possibilidade é pagar em qualquer momento da gestação por ultrassonografias em clínicas particulares, onde não é necessário pedido médico para fazer o exame. A princípio, não há contraindicações para a realização de ultrassons, porém não vá esquecer de que não adianta nada sair correndo para saber o sexo do bebê com 5 semanas de gravidez, porque a diferenciação dos órgãos sexuais ainda não aconteceu. 

Um truque para fazer o bebê se mexer na hora da ultra é levar alguma coisa doce para comer ou beber, como um chocolate ou suco de laranja, e guardar para usar dentro da sala de exame mesmo, se necessário. 


Exame de sangue de sexagem fetal

Existe um exame de sangue que detecta o sexo do bebê já a partir da oitava semana de gravidez (e não precisa de pedido médico). É um teste que só serve para isso, detectando a presença ou não de células com cromossomo Y (masculino) no sangue da mãe. A vantagem é que o exame para determinação do sexo fetal tem taxa de acerto de, mais ou menos, 99%; a desvantagem é que não é feito pela rede pública e nem coberto pelos convênios médicos, ou seja, você terá que pagar (e bem caro) do seu bolso para desvendar esse segredo da natureza. 

E tem também uma espera de cerca de cinco dias úteis para o resultado ficar pronto. 

No caso de mães esperando gêmeos ou mais, o teste só consegue responder se há meninos ou não há meninos, portanto não é muito exato. Se o resultado for que não há meninos, você saberá que só espera meninas. Mas, no caso de haver meninos, não dá para saber se há meninas também ou não. 


Exames genéticos invasivos

Outros exames em que o sexo é revelado são os genéticos, que são invasivos e só recomendados quando há suspeita de algum problema com o feto, pois existe um pequeno risco de aborto espontâneo, de 1%. São eles a biópsia do vilo corial, entre a 10a e a 12a semana de gestação, e a amniocentese, entre a 15a e a 18a semana. 

Como nesses exames há a análise do material genético do bebê, a certeza é de praticamente 100%. 


Teste de urina de farmácia

Sim, chegamos a um ponto em que um simples teste de urina em casa promete determinar se você está esperando um garotão ou uma mocinha. Trata-se de uma tecnologia relativamente nova no Brasil, mas já presente em outros países há mais tempo. 

A vantagem é a praticidade de fazer um exame sem precisar ir ao laboratório e ter acesso direto a uma fonte de informação. Por outro lado, há o problema do custo muito alto e de o produto poder não estar disponível em farmácias de todas as cidades. 

De acordo com o fabricante, o teste tem eficácia em torno de 90 por cento, pode ser feito a partir de 10 semanas e fica pronto em 10 minutos. O resultado não é confiável se a mulher estiver usando hormônios como a progesterona, e a eficácia também não é boa em caso de gêmeos ou mais. 


Simpatias e lendas

Você já ouviu alguém falar que barriga pontuda é sinal de menino e arredondada, de menina? Ou que o batimento cardíaco do feto acima de 140 batidas por minuto indica que você vai ter um bebê do sexo feminino? 

Existe ainda uma tabela chinesa que combina idade lunar com mês da concepção para chegar a uma conclusão sobre o sexo do bebê. 

O senão de tais lendas e simpatias é que elas não têm nenhum validação científica, mas, mesmo assim, criam expectativas fortes e podem levar a grandes frustrações se derem errado. 

Portanto, se você quer usar a sabedoria popular para se divertir tentando adivinhar o sexo do seu bebê, faça isso a qualquer tempo, mas tenha em mente que os resultados são bem mais do reino das apostas do que do das certezas. 

Você também pode usar nossa calculadora do sexo do bebê. É uma brincadeira, apesar de baseada em fatos científicos. Depois conte para a gente se a calculadora acertou ou não

Converse nos grupos dos bebês do mesmo mês para saber se grávidas na mesma fase que você já descobriram ou não o sexo. 

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É verdade que estresse da mãe faz mal para o bebê?


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